Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

As perguntas são respondidas pelo próprio autor em seu livro “Curso de Iniciação Logosófica”.

> O que é Logosofia?

A Logosofia é uma nova mensagem à humanidade com palavras plenas de alento, de verdade e de clara orientação. Entranha uma nova forma de vida, forma que move o homem a pensar e a sentir de outra maneira, graças ao descobrimento logosófico de agentes causais que, ignorados antes por ele, manifestam-se agora à vista de seu entendimento, de sua reflexão e de seu juízo, e também à sua sensibilidade. Com efeito, embora singelamente enunciado e sem ostentação alguma, como é próprio de todas as grandes verdades, somos plenamente conscientes da incalculável transcendência que o conhecimento desses fatores até agora incógnitos geradores de todas as formas humanas de vida – haverá de assumir para o esclarecimento do mistério do homem, no dia em que este desperte para essa realidade e comprove a verdade de sua existência através de cada uma de suas manifestações psico-biológicas. Somente então poderá o homem fazer uso consciente de seu livre arbítrio, resgatar sua vida aprisionada por seus próprios erros e pelos erros dos demais, e reconstruí-la, em virtude das leis que regem os processos inteligentes da Criação, com um critério novo, espiritual e humano, testamenteiro imaterial de sua felicidade.

> Como se estuda e como se pratica a Logosofia?

Muitos leitores de obras logosóficas, inclusive os que receberam alguma informação eventual sobre a nova ciência, formulam a seguinte pergunta: Como se estuda e como se pratica a Logosofia?

Sabemos muito bem que esta pergunta surge como consequência de haver tropeçado, aquele que toma em suas mãos algum de nossos livros, com dificuldades para compreender a fundo o conteúdo dos ensinamentos. Essas dificuldades se produzem pela generalizada tendência de realizar estudos sob um ponto de vista meramente teórico. Memorizam-se os tópicos, que são tratados como uma contribuição a mais à ilustração e cultura, mas sem que esse estudo constitua uma contribuição real ao conhecimento da própria pessoa humana.

Os conhecimentos logosóficos – temos dito com frequência e repetiremos ainda quantas vezes for preciso não devem ser lidos ou escutados sem a necessária atenção. Tampouco devem ser absorvidos superficialmente pelo entendimento, pois estão destinados a formar uma nova individualidade. Hão de ser, indefectivelmente, assimilados pela consciência. Por outro lado, os conhecimentos logosóficos conformam um todo indivisível na concepção que lhes deu origem, razão esta que deve mover o estudioso a uma investigação mais profunda, a fim de abarcá-los em sua totalidade, não em fragmentos isolados.

> Quanto tempo devo dedicar a este estudo?

O estudo e prática da Logosofia requerem um pequeno esforço individual, esforço que se torna mais firme e intenso à medida que os resultados compensem, com amplitude, estes estimulantes e construtivos empenhos. Quanto ao tempo que demanda o estudo logosófico, em sua primeira etapa, aconselhamos dedicar-lhe, no mínimo, uma hora diária, se possível sem alterações.

> Quais os livros indicados para o principiante?

Indicamos: Exegese logosófica, O mecanismo da vida consciente, Logosofia Ciência e Método, O Senhor de Sándara, Deficiências e propensões do ser humano.

> Vale a pena dedicar um tempo neste tipo de estudo?

Apraz-nos afirmar que o tempo dispensado ao estudo e prática da Logosofia é, na verdade, tempo integralmente consagrado a si mesmo, ao aumento das energias internas e ao aproveitamento da vida em suas possibilidades máximas. O esquecimento de si mesmo equivale a uma escura masmorra psicológica, onde, involuntariamente, cada ser encarcera o próprio espírito.

> Para estudar Logosofia devo acreditar no que o Autor ensina?

A Logosofia não aconselha crer no que se estudou nem aceitá-lo cegamente, por certas e inquestionáveis que pareçam suas afirmações; daí que imponha a experimentação como base segura do processo rumo ao saber. Quer que cada um de seus cultores comprove por si as verdades que entranha, e isso só se pode fazer levando-o ao campo da própria experiência. Esta é uma garantia que não têm podido dar aqueles que têm manipulado hipóteses baseadas em teorias abstratas. Aconselhamos apreciar a enorme diferença entre uma e outra posição.

> Qual a diferença entre “crer” e “saber”?

Vamos examinar o conceito relativo ao vocábulo “crença”, por ser um dos que mais têm entorpecido o curso evolutivo do homem. Com efeito, inculcando-se-lhe que basta crer para deixar satisfeita qualquer pergunta ou inquietude interna, o tem levado a admitir, sem prévia análise, sem reflexão alguma, até as coisas mais inverossímeis. Essa atitude passiva da inteligência é a que tem submergido o indivíduo em uma desorientação extrema¬mente lamentável. O caos moral e espiritual em que se encontra a humanidade é, de per si, muito eloquente e não se necessita de nenhum argumento probatório para compreender a enormidade do desacerto no manejo de sua evolução.

A Logosofia institui como princípio que a palavra “crer” deve ser substituída pela palavra saber, porque sabendo, e não crendo, é como o homem consegue ser verdadeiramente consciente do governo de sua vida, ou seja, do que pensa e faz. Por outra parte, o fato de crer – bem o sabemos – produz certo grau de inibição mental que entorpece e até anula a função de raciocinar. Assim é como o homem fica exposto ao engano e à má fé dos que tiram partido dessa situação.

A crença pode assenhorear-se na ignorância, porém é inadmissível em toda pessoa inteligente que anele sinceramente o conhecimento da verdade. As pessoas de curtos alcances mentais são propensas à credulidade, porque ninguém as tem ilustrado devidamente sobre os benefícios que representa para suas vidas o fato de pensar e, sobretudo, de saber. Lamentavelmente, forçoso é reconhecer que uma grande parte da humanidade se encontra nessas condições e padece da mesma propensão. Daí que desde tempos remotos se explore sua candidez, mantendo-a no mais lamentável obscurantismo.

Ninguém poderia sustentar jamais, sob pena de passar por desequilibrado, que haja de privar o homem de conhecimentos para que ele seja feliz. Sem saber exatamente o que a vida e seu destino lhe exigem saber, como poderá cumprir sua incumbência de ser racional e livre? Como poderá satisfazer os angustiosos anseios de seu espírito, se é privado da única possibilidade de satisfazê-los, ou seja, das fontes do saber?

A única concessão possível ao ato de crer, sem que invalide um ápice o exposto, é a que surge espontaneamente como antecipação do saber; isto é, só haverá de admitir-se aquilo de que ainda não se tenha conhecimento, mas o tempo mínimo que requeira sua verificação pela própria razão e sensibilidade.